
Foto: André Giorgi
Cleo Pires com o gato preto Fufu
Uma nova consciência mudou a rotina de Cleo Pires:
sustentabilidade. Há poucos meses a atriz adotou a dieta vegetariana e
agora começou a construir uma casa inteiramente sustentável. A atriz
mudou o seu modo de encarar as coisas quando percebeu que amava muito os
seus cachorros e, por eles, começou a assistir documentários sobre a
crueldade com os bois. Após esses filmes, Cleo começou a ver um “bicho
morto” toda vez que colocava um pedaço de bife em seu prato.
O iG acompanhou com exclusividade a atriz em uma sessão de fotos para
a ONG AMPARA Animal, em parceria com a TV Bicho, na qual Cleo foi
fotografada por Jacques Dequeker com um gato preto, o charmoso Fufu.

Foto: André Giorgi
Cleo Pires foi maquiada antes de começar o ensaio
Antes das fotos com o animal, o maquiador cuidou do visual de Cleo.
Em pouco tempo a beleza da atriz estava ressaltada com o contorno em
seus olhos e com os acessórios escolhidos a dedo pela equipe de
produção. Enquanto o estúdio ficava pronto, Cleo se familiarizou com o
animal que seria o seu parceiro nos cliques e também se divertiu com um
cachorro que estava por lá só a passeio.
Leia também:
Cleo mostrou intimidade tanto com o gato, quanto com o cachorro e
contou que está gostando dessa nova dieta. “Estou começando a ser
vegana, estou gostando muito. Foi uma consequência muito natural na
minha vida”, contou ao iG.
Confira o bate-papo com Cleo Pires sobre animais, comida e sustentabilidade.
iG: Como você decidiu virar vegetariana?
Cleo Pires: Tenho cinco cachorros e quando você tem
um bicho, começa a questionar muita coisa. Comecei a ver vários filmes
sobre veganismo e comecei a ficar com muito nojo de tudo. Eu já comia
produtos orgânicos, mas por ignorância achava que seria impossível
substituir a carne.
“
Comecei a ficar com nojo de carne. Eu olhava um bife e imaginava um bicho morto"
iG: Seu corpo está se adaptando à nova dieta?
Cleo Pires: Meu organismo está superbem. Ainda estou
passando pelo processo de desintoxicação. Mas meu sono, meu intestino, o
meu comportamento durante o dia, isso tudo está muito melhor. Me sinto
mais feliz depois que virei vegetariana.
iG: Muitas pessoas sentem dificuldade ao tentar parar de comer carne. Como você conseguiu superar esse passo?
Cleo Pires: Sempre comi muita carne. Mas nessa busca
de mudar de vida, fui assistindo filmes que falam sobre a alimentação
dos bois, sobre a crueldade com eles. Depois vi filmes sobre a
alimentação vegana e as pesquisas que provam por a + b como a
alimentação baseada em animais faz mal. Elas causam diabetes, colesterol
e muitas outras doenças. Comecei a ficar com nojo de carne. Eu olhava
um bife e imaginava um bicho morto. Eu não tinha alternativa, achava que
só a carne podia sustentar. Mas então comecei a passar com a
nutricionista Andrea Santa Rosa e ela me ensinou alimentos alternativos que dão sustância. Ela está me ajudando muito nesse processo.
iG: Você parou de vez com as carnes e derivados de leite? Está virando vegan?
Cleo Pires: Não como mais nenhum tipo de carne,
peixe é bem raramente. Leite e derivados também é muito raramente que eu
como. Estou começando a ser vegana, estou gostando muito. Foi uma
consequência muito natural na minha vida e o nosso paladar vai mudando
conforme o tempo.
iG: Como era a sua convivência com os animais na infância? Você comentou que tem cinco cachorros. Adotou todos eles?
Cleo Pires: Na infância eu tinha outra mentalidade.
Tive de pintinho a tartaruga, convivia com gatos e cachorros. Na minha
adolescência a gente nunca teve um cachorro nosso dentro de casa, eu só
tinha contato com o dos outros, mas eu sempre quis ter. O João (Vicente,
marido de Cleo) também sempre quis ter cachorros e decidimos encher a
casa deles. Atualmente tenho cinco cachorros e acabo de adotar uma vira
lata. Meu primeiro foi comprado em um pet shop. O segundo foi engraçado,
porque peguei o filhote de um Rottweiler de um amigo meu, O terceiro
também comprei no pet shop, depois ganhei um da minha sogra. Na semana
passada adotamos esse vira-lata.
“
Sempre
tive vontade de adotar uma criança, nunca tinha pensado em adotar um
cachorro. Aí conversei com as meninas do Ampara e minha consciência
mudou muito "
iG: Como é a sua convivência com os seus animais?
Cleo Pires: Depois que eu conheci a ONG minha
consciência mudou muito em relação aos animais. Foi então que adotei a
fêmea. A gente pegou a Chica e ela já se adaptou com os outros animais e
está tudo em paz. Os cachorros maiores ficam mais do lado de fora da
casa, mas a gente tem um contato muito próximo com eles. Quando vamos
viajar, ficamos morrendo de saudade
iG: Você já tinha pensado em adotar um cachorro que precisasse de um lar?
Cleo Pires: Sempre tive vontade de adotar uma
criança, nunca tinha pensado em adotar um cachorro. Aí conversei com as
meninas do Ampara e minha consciência mudou muito. Estabilizar os
animais que vivem em condições precárias e me envolver com essas causas
foi um amadurecimento pessoal muito grande. Agora eu busco ter atitudes
mais sustentáveis em tudo o que eu faço.
iG: O contato com a natureza sempre foi presente em sua vida?
Cleo Pires: Quando eu era criança, morava no Recreio
dos Bandeirantes (Rio de Janeiro) e tinha uma convivência muito
saudável com a natureza. Minha mãe se casou com o Orlando
(Morais) quando eu era pequena e, como ele é de Goiás, acostumamos a
nadar nos rios e a brincar com os animais. Então sempre tive muito
contato com a natureza.

Foto: André Giorgi
O fotógrafo Jacques mostrando o resultado das fotos para Cleo Pires
iG: Como surgiu a ideia de construir uma casa inteiramente sustentável?
Cleo Pires: Tudo isso é para gente ter um impacto
ambiental menor no planeta. Precisamos emitir menos CO². Mas o mais
importante, o que me faz querer ser sustentável, é o processo de
aprendizado. Sei que posso ter conforto e viver com luxo sem esgotar os
recursos naturais. Quando fazemos algo de bom para o planeta, fazemos
para o ser humano.
iG: E quais os detalhes importantes na construção para você conseguir esse menor impacto no planeta?
Cleo Pires: A gente ainda está nos primeiros passos
da casa, ainda nem começamos a subir. Contratamos um consultor
ambiental, mas quero que ela seja inteiramente sustentável, em todos os
detalhes. Ela vai ter teto com placa solar, captação de chuva, reuso
de água, ventilação cruzada, cimento ecológico. Ainda não me
familiarizei muito com o assunto porque está no começo. Quando a obra
começar a evoluir, vou ficar mais por dentro do assunto.
iG: O que você acha sobre o uso de casacos de pele?
Cleo Pires: Eu tenho casaco de pele, mas quero fazer
uma pilha e botar fogo. Eu tinha uma ignorância sobre esse assunto, não
fazia parte da minha vida. Mas a convivência com os cachorros me fez
ver que não faz sentido gostar deles e usar pele.
“
Eu tenho casaco de pele, mas quero fazer uma pilha e botar fogo"
iG: A sua atuação em Araguaia ajudou nesse seu despertar para a sustentabilidade?
Cleo Pires: Eu já era muito ligada à natureza e
atuar em Araguaia veio ao encontro do que eu precisava. Percebi que com a
novela eu poderia mostrar ao Brasil que o Centro-Oeste é muito rico.
Você se depara com boto nadando na sua frente, jacaré no meio do mato.
Mas como eu ia muito para Goiás quando era mais nova, já estava bastante
familiarizada com aquela natureza.

Foto: André Giorgi
Cleo Pires brincou com um cachorro antes de começar o ensaio
iG: Qual foi o animal que mais te marcou em cena?
Cleo Pires: Eu adoro animal, gosto de estar perto
deles. Então nunca passei problemas com eles em gravações. Mas certa vez
tive que gravar com uma cobra. Eu ia viver a Cleópatra e acabei
filmando com a cobra, mas foi muito legal porque eu gosto de cobras.
Quando eu vi, achei muito divertido.
iG: O que significa na sua vida fazer parte de um calendário em prol dos animais?
Cleo Pires: Fazer parte de um calendário que vai
trazer suporte financeiro, não só para cuidar de cachorro, mas para
ajudar a transformar a consciência das pessoas é bom. Chega a ser um ato
egoísta (risos). Não só vou ajudar, mas me faz muito bem fazer parte
disso. Estou muito feliz em poder ajudar as meninas.
iG: Você posou com um gato preto, conhecido por trazer má
sorte. O que você pensa a respeito do preconceito das pessoas com esses
animais?
Cleo Pires: Amo gato preto, acho que eles são
atraentes. Não sabia que existia preconceito em torno desses animais.
Estou descobrindo através das meninas. Esse problema é cultural, uma
superstição e esses assuntos não são abordados da maneira como merecem.
Precisamos entender que existe esse preconceito com animais e é
necessário conscientizar as pessoas.
“
Gosto
muito da cobra e do tigre. A cobra porque tem uma coisa surpreendente,
como ela ataca, como se movimenta, se camufla. A cara dela também é
linda"
iG: Como uma pessoa ligada à natureza, prefere morar no campo ou na cidade?
Cleo Pires: Gosto tanto do campo, quanto da cidade.
Não consigo escolher um entre os dois. A fauna e a flora são muito
ricas, elas me acalmam. Mas também gosto muito da tecnologia, do
movimento da cidade. Gosto de poder escolher e alterno entre os dois.
iG: Quais os animais silvestres você mais gosta?
Cleo Pires: Gosto muito da cobra e do tigre. A cobra
porque tem uma coisa surpreendente, como ela ataca, como se movimenta,
se camufla. A cara dela também é linda. Sinto que tem uma coisa de força
e proteção. É a mesma coisa com o tigre. Eles são fortes e eu os adoro.
iG: Para finalizar o nosso bate-papo, o que você acha sobre pessoas que têm animais silvestres em casa?
Cleo Pires: Eu entendo essa vontade de ter animal
silvestre em casa, mas eles perdem muito da natureza deles. Se você
gosta deles, vai para o meio da selva, aprenda a lidar com eles. Ter
esses animais em casa é muito egoísmo. Eles precisam ficar no ambiente
deles.
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