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Pereirinha (José Mayer) voltou depois de 15 anos, em "Fina Estampa"
Uma das mais recentes surpresas da novela "Fina Estampa", no ar às 21h na TV Globo, foi a volta de Pereirinha (José Mayer). Para todos, o personagem tinha morrido há cerca de 15 anos, quando seu barco desapareceu no mar. Mas na verdade ele estava vivo, e retornou para a família, exatamente quando sua "viúva" Griselda (Lília Cabral) ficou milionária.
A aparição de Pereirinha estava prevista desde a sinopse da novela. Essa estratégia já se tornou comum nos folhetins televisivos: personagens simulam a própria morte, ou são dados como mortos, para reaparecerem tempos depois, assombrando a todos.
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Década de 70
O recurso já era usado desde os anos 70. Em "Selva de Pedra" (1972), a heroína Simone (Regina Duarte) sofre um acidente de carro, e a polícia encontra um corpo carbonizado. Simone é considerada morta. Mas o que ninguém sabia é que ela carregava no veículo uma passageira: sua empregada, a verdadeira vítima do desastre.
Tempos depois, Simone reaparece sob a identidade de Rosana Reis, irmã da "morta", disposta a se vingar de seus inimigos. A farsa acaba sendo descoberta. No remake da novela, em 1986, a trama seguiu pelo mesmo caminho, e a nova Simone (Fernanda Torres) usou o mesmo truque.

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Simone (Regina Duarte) sofreu um acidente de carro em "Selva de Pedra", e reapareceu loira, disfarçada como Rosana Reis
Ainda na década de 70, "Mulheres de Areia" (1973) utilizou ideia semelhante. As gêmeas Ruth e Raquel (Eva Wilma) sofrem um acidente de barco. A malvada Raquel desaparece no mar. A mocinha Ruth acaba se passando pela irmã má, para se aproximar do homem que ama. Mas Raquel não morreu, e retorna para espanto de todos.

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Ruth e Raquel (Glória Pires), as gêmeas de "Mulheres de Areia"
Outra novela sobre irmãs gêmeas trouxe uma sequência parecida. Em "Paraíso Tropical" (2007), a perversa Taís (Alessandra Negrini) tenta matar a bondosa Paula (Negrini novamente), e joga a irmã no mar. Mas Paula é resgatada, e algum tempo depois reaparece, surpreendendo Taís.

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Fred (Paulo Vilhena) e Olavo (Wagner Moura) salvam Paula (Alessandra Negrini) em "Paraíso Tropical"
Muitos outros acidentes de carro em novelas geraram supostas vítimas fatais. Em "Passione" (2010), a vilã Clara (Mariana Ximenes) passou por um desastre do tipo, no último capítulo. A polícia considerou Clara como morta. Mas ela terminou bem viva, trabalhando em uma clínica sofisticada em um país exótico.
Na mesma novela, Totó (Tony Ramos) já havia simulado a própria morte, para enganar a mesma Clara, que pensou ter assassinado o italiano milionário.

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Clara (Mariana Ximenes) é desmascarada após pensar ter matado Totó (Tony Ramos) em "Passione"
Em "Guerra dos Sexos" (1983), Sílvio também apelou para algo do gênero. Por problemas com a censura da época, o autor precisou tirar de circulação a personagem Manuela (Ada Chaseliov). A atormentada mulher sofreu então um acidente de carro. Antes do veículo explodir, porém, ela havia atropelado uma mendiga, e colocou a mulher dentro do veículo. O corpo encontrado foi o da tal mulher.
Meses depois, Manuela voltou, tendo superado seus problemas com alcoolismo e a crise conjugal com o marido Fábio (Herson Capri) - que a essa altura já não tinha nenhum romance com Juliana (Maitê Proença). O namoro entre Fábio e Juliana foi a causa dos problemas com a censura, já que Fábio era um homem casado.

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Bia Falcão (Fernanda Montenegro) retorna viva, para surpresa de Júlia (Glória Pires) em "Belíssima"
Algumas novelas apresentaram tramas dignas de filmes policiais de Hollywood. A recente "Insensato Coração" (2011) foi uma delas. O super vilão Léo (Gabriel Braga Nunes) simulou sua morte no início da trama, para desaparecer e conseguir dar um golpe em Norma (Glória Pires) - golpe que seria a espinha dorsal de toda a novela.
Leia também: Relembre as mortes que marcaram "Insensato Coração"

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Norma (Glória Pires) e Léo (Gabriel Braga Nunes) em "Insensato Coração"
Em "Andando nas Nuvens" (1999), o caso foi diferente. Otávio (Marco Nanini) era viúvo. Em flashback, surgiam imagens de sua mulher já falecida, interpretada por Débora Bloch. Mas Débora também vivia Júlia, a filha mais velha de Otávio. Quando o autor decidiu que a esposa de Otávio estava viva e deveria voltar, Renata Sorrah surgiu para viver a "falecida". A explicação: a mulher havia feito uma cirurgia plástica e mudado de rosto. Assim, a "morta", que era vista na pele de Débora Bloch em flashback, passou a vestir a imagem de Renata Sorrah.

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Donatela (Claudia Raia) reaparece para Zé Bob (Carmo Dalla Vecchia) em "A Favorita"
Para finalizar, dois casos que ocorreram em novelas parecidas. Em "Tieta" (1989), a população de Mangue Seco chora a morte de Tieta (Betty Faria), que foi embora da cidade há anos, e que teria morrido. Mas a personagem reaparece exatamente no momento em que todos os habitantes estão na igreja local, rezando uma missa pela alma da "morta".

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Tieta (Betty Faria) volta a Mangue Seco, desesperando sua invejosa irmã Perpétua (Joana Fomm), em "Tieta"

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Roque Santeiro (José Wilker), o santo que não morreu
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